Enquanto as folhas de Outono caem, Rokugan se prepara para o Inverno. Os camponeses finalizam a colheita e os samurais afiam suas espadas.
Reunião em Shiro Itori
Após o Festival de Haruhiko, os cinco samurais que atenderam ao chamado de Asako Hiroshi, daimyo da Província de Itori, se reúnem no salão do Castelo de Itori, com o próprio daimyo, seu filho e herdeiro Asako Mitsuru e o velho Conselheiro Asako Kuniaki. Faltam dez dias para o Festival Bon e o fim do Outono.
Os cinco samurais:
- Asako Haru, bushi do clã da Lebre
- Akodo Daisuke, bushi do clã Leão
- Hida Katsuo, bushi do clã Caranguejo
- Kakita Shinichi, bushi do clã Garça
- Kitsu Aizu, shugenja do clã Leão
Asako Haru e Hida Katsuo voltam da inspeção que fizeram junto com o herdeiro Asako Mitsuri das vilas na margem do Rio, entre Toshi no Itori e os pântanos do norte, que marcam as fronteiras com as terras da Irmandade dos Monges de Osano-Wo.
Enquanto isso, Akodo Daisuke, Kakita Shinichi e Kitsu Aizu retornam de Zakyo Toshi, a Cidade dos Mercadores.
Na reunião, eles repassam o que descobriram e planejam o que fazer. O inverno se aproxima rapidamente e os camponeses estão ocupados finalizando a colheita. As vilas costeiras ainda não foram atacadas pelos piratas, mas estão vulneráveis.
Ao norte, existem seis vilas entre os pântanos e a capital da província. Não há tempo de preparar defesas antes do inverno, ainda mais que os camponeses devem terminar a colheita antes do inverno e não adianta espalhar os soldados entre todas as aldeias.
Kakita acredita que a guerra será longa e será necessária uma campanha de atrito. Sugere pressionar os piratas indiretamente, já que não podem atacar a vila de Shutai, que fica em território do clã Escorpião.
Toshi no Itori
Samurais
- Asako Hiroshi, o Daimyo
- Asako Mitsuri, o herdeiro
- Asako Kuniaki, o velho cortesão
- Yasuki Honan, aprendiz de Hida Katsuo
- Kakita Takeru, primo de Kakita Shinichi e dono de um dojô
- Kakita Riko, filho de Kakita Takeru
- Yasuki Koga, rico mercador samurai do clã Caranguejo
Heimin
- Nobu, ashigaru de confiança do daimyo
- Yuu, serviçal do Castelo
- Aiko, proprietária da estalagem Flores de Osano-Wo
- Madame Satomi, proprietária da Casa de Gueixas Crisântemo Vermelho
- Satoru, mercador não muito confiável
- Ueno e Shuto, pescadores
Assando uma Carpa em Itori
As investigações na Cidade dos Mercadores mostraram que a gangue criminosa das Carpas Obscenas e pelo menos parte do Conselho de Mercadores está em conluio com os piratas. Além disso, o Armazém Kohei, no Bairro dos Pescadores, é um ponto de reunião dos contrabandistas e piratas em Toshi no Itori.
Kohei, um mercador com origem em Zakyo Toshi, não paga direitos os impostos ao daimyo, diz o Conselheiro Asako Kuniaki. No entanto, se prenderem o mercador, irão alertar os bandidos de que o daimyo já sabe da aliança. Um dos samurais resolve sugerir um incêndio, já que o armazém fica relativamente isolado. Decidem manter uma patrulha de guardas próxima, para que possam evitar que o fogo se espalhe, antes que os bombeiros passam chegar.
Ao mesmo tempo, Haru e Kitsu Aizu irão entrar em contato com Kosuke, o recrutador, e se infiltrar entre os piratas, disfarçados de ronins, usando o nome do contato conseguido em Zakyo Toshi por Shinichi. Qualquer informação que conseguirem, buscarão transmitir usando os contatos dos barcos da Família Yasuki, do clã Caranguejo. Hida fala com o importante mercador Yasuki Koga e consegue o apoio desse.
Zakyo Toshi
- Matsu Keishi, comandante recém-chegado da Guarnição Imperial
- Cachorro Manco, líder da Carpa, um grupo criminoso em Zakyo Toshi
- Saburo, dono da Casa de Sakê Curva do Rio, em Zayko Toshi
- Madame Minako, recebendo o dinheiro na casa de sakê
- Yasuhide, um dos Cinco do Conselho de Mercadores
- Kohei, mercador de Zakyo Toshi e dono de um Armazém em Toshi no Itori
Kakita e Akodo inspecionam o Armazém Kohei. Verificam que um vigia fica parado na frente do armazém e que, de um bar próximo, um ronin também vigia a entrada. Pelo lado do rio, em que ficam as docas, o Armazém é menos vigiado e uma aproximação à noite seria mais fácil. Também observam que o Armazém está cheio de mercadorias, incluindo tecidos e madeiras. Além disso, existe uma janela pequena no topo, pelo qual um bom arqueiro pode lançar uma flecha.
Na madrugada, os dois samurais retornam, junto com Hida, usando um pequeno bote para sair do Porto Grande até o Bairro dos Pescadores. Se aproximam do cais sem serem notados. Kakita leva uma lanterna e cinco flechas embebidas em saquê. Ele sobe no cais para poder disparar de uma superfície mais estável e dispara quatro das flechas pela pequena janela no alto do armazém. Demonstrando sua perícia com o arco, as quatro flechas acertam o alvo. Lá dentro, o fogo começa a crepitar.
Nesse momento, um vigia do Armazém se aproxima e tem sua atenção chamada pelo fogo. Hida o acerta com seu tetsubo antes que ele possa dar o alarme. Eles correm de volta para o bote e se afastam.
De volta ao Covil dos Piratas do Rio do Ouro
No dia seguinte, Haru e Aizu, se reúnem com três criminosos também recrutados por Kosuke. Dois deles são ronins. Um dos ronins se chama Mitsuro, diz que ele e seu companheiro vieram do litoral onde já navegaram com os piratas de lá. O terceiro é um brutamontes chamado Koga, o Assassino, que usa um parangu e diz que gosta da oportunidade de matar uns samurais.
Kosuke chega e parece irritado. Diz que tiveram problemas com o incêndio. Ele diz que os recrutas logo provarão seu valor e manda eles entrarem em um barco que os levará a base pirata em Shutai.
Piratas do Rio do Ouro
- Shogo, o líder
- Kosuke, o recrutador
- Caolho, segundo em comando entre os piratas
- Ieyoshi, ronin alto e magro
- Tsubo, ronin que carrega um tetsubo e guarda-costas de Shogo
- Mitsuro, ronin do litoral
- Koga, o Assassino, brutamontes que usa um parangu como arma
Ogyu, ronin capturado na emboscado no Rio [Fantasmas do Rio do Ouro]
Quando chegam em Shutai, Caolho, um dos comandantes piratas, reconhece Haru e Aizu da vez em que estiveram lá, algumas semanas antes, fingindo ser yojimbos de um mercador. Ele manda o grupo para a vila e diz para arranjarem lugar na estalagem ou em uma das casas dos pescadores da vila.
Haru diz que conhece a região e se oferece para fazer um mapa das vilas. Caolho manda chamar a Bruxa para fazer o desenho. Aizu reconhece a jovem que aparece e que ele já viu um duas ocasiões – a primeira na própria vila pirata e a segunda na Cidade dos Mercadores. A garota era a serviçal de Madame Minako, a esposa do mercador Yasuhide.
Haru descreve a vila próxima ao pântano e a garota desenha o mapa. Haru pergunta porque Caolho a chamou de Bruxa e ela sorri, dizendo que não sabia que era chamada assim.
Preparativos em Higoshi Mura
Enquanto isso, em Toshi no Itori, Hida sugere guarnecer o vilarejo no meio do caminho, Higashi Mura, de forma que eles poderão se locomover mais rapidamente para as outras aldeias assim que receberem o aviso dos dois espiões.
Asako Kuniaki concorda e envia vinte ashigarus para o Templo da Fortuna do Arroz em Higoshi Mura, a vila principal ao norte. Hida, Akodo e Kakita seguem para lá a cavalo e conversam com o monge Tokeru, responsável pelo pequeno Templo de Inari, em que os soldados se hospedam para não chamar atenção.
Escapando de Shutai
Na noite seguinte, o líder dos piratas, Shogo, finalmente aparece e reúne todo o grupo na praça do Carvalho. São cerca de quarenta piratas. Ele fala que eles irão em breve comemorar com todo o saquê, arroz e mulheres que capturarem no dia do Festival de Bon.
Percebendo que o tempo é pouco até o ataque, Haru tenta convencer Shogo a atacar a vila maior, Higashi Mura, que fica mais próxima de Itori, em que haveria mais espólios a serem saqueados. Mas Shogo diz que é melhor ser prudente e que eles irão atacar a vila mais afastada.
Percebem que para avisar os outros do ataque não há tempo de tentar um contato mais discreto. Enquanto Haru distraí os piratas pedindo uma revanche do duelo que perdera para Ieyoshi, Kitsu rouba um barco durante a noite. Dessa vez Haru vence o duelo, derrubando o ronin com um golpe.
Kitsu Aizu desce o rio no bote durante toda a noite e metade do dia seguinte. Ele consegue chegar a Itori e avisar ao daimyo. Nobu, um ashigaru de confiança, é enviado para avisar os samurais acampados no Templo da Fortuna do Arroz, em Higoshi Mura.
O penúltimo dia do Outono
Avisados do ataque iminente ao vilarejo de Yamagushi, eles enviam os vinte soldados em dois grupos, para não chamar atenção na estrada e seguem a cavalo logo depois. Antes de partir, Akodo Daisuke pede ao monge que assim que o terceiro destacamento de soldados chegar, ele os envie para a vila ao norte.
Em Yamagushi Mura, Akodo usa seus conhecimentos de Batalha para analisar o terreno e decidir onde distribuir as tropas.
Os samurais se preparam para a batalha com os piratas durante o Festival de Bon.
No próximo capítulo: Duelo na Noite das Lanternas de Papel
O Caminho do Samurai 