Etiqueta

etiqueta é muito importante em Rogukan. Ser impolido é visto como uma grande ofensa ou uma grande falha de caráter. Samurais tendem a ignorar aqueles que violam as regras de etiqueta, ao ponto de fingir que tais pessoas não existem.

Formas de tratamento:

-san: entre pessoas de mesma posição social.
-sama: para alguém superior ou então alguém de mesma posição social em uma situação muito formal
-kun: para samurais de posição inferior ou com jovens.
-dono: forma respeitosa usada com samurais de maior status como daimyos provinciais ou governadores.
-senpai: usado para tratar um samurai mais antigo em uma escola.
-sensei: um professor ou um mestre em uma arte ou perícia.
-ue: daimyo da família.
-no-kimi: para os samurais de mais alto status.
-chan: usada para crianças ou entre garotas jovens e amigas.

Certos temas são tabu em Rogukan. Conversas sobre coisas impuras, como sangue, suor, corpos, magia de sangue e as Terras Sombrias são evitadas ou feitas com muito cuidado e usando uma conversa indireta e figurada.

bebida em excesso é vista como imprópria, mas é mais aceitável do que outras ofensas. Dessa forma, a bebederia permite que um samurai viole a etiqueta e depois peça desculpas e coloque a culpa no uso excessivo do saquê.

Visitar outro samurai de mesma ou superior posição social demanda uma formalidade complexa, com um pedido de visita para não incomodar o outro. A visita pode ser declinada cordialmente, de forma a que ambos mantenham as aparências. É polido oferecer chá para as visitas.

Deve-se deixar suas armas na entrada, em um quarto reservado, ao entrar em uma residência, casa de Geisha, hospedaria ou templo.

Se estiverem portando espadas, o samurai, ao se sentar deve colocá-las no chão, do lado direito. Colocar as espadas do lado esquerdo – em que fica mais fácil sacar – implica desconfiança e é impolido.

Presentear é muito importante na sociedade Rogukani. Deve-se oferecer um presente quando se visita outro samurai, ou em ocasiões sociais, como festividades e cerimônias. O importante é o significado do presente, mas do que o valor. Um samurai deve recusar o presente duas vezes antes de aceitá-lo. Assim quem oferece o presente pode demonstrar sua vontade de presentear. Aceitar o presente imediatamente é ofensivo e implica que o presente não tem valor.

Giri significa algo como “dever social” e consiste na obrigação de retribuir às pessoas que lhe deram alguma coisa ou lhe prestaram algum favor. É um conceito muito importante em Rokugan, que tem raízes no Bushido. Faz parte das regras de troca de presentes. Não oferecer um presente adequado ou ser mesquinho é uma grande quebra de etiqueta.

Comida: normalmente se utilizam pauzinhos para comer. Colheres são usadas para sopas. Facas nunca devem ser usadas à mesa. Arroz é o prato principal de Rokugan. Alguns outros cereais e vegetais também são usados. As fontes principais de proteína são tofu, peixes e outros frutos-do-mar. Esses últimos são muito valorizados. Carne vermelha é considerada nojenta e se acredita que deixa as pessoas que a comem com um mau-odor. Samurais caçam por esporte, mas dão a carne aos camponeses.

Saquê é servido quente. No entanto, saquê de melhor qualidade é servido frio. Shochu é um saquê mais forte, mas apreciado apenas por bebedores contumazes. Beber shochu não é educado, pois prova que o bebedor não é moderado.

Viajantes levam bolas de arroz enroladas em algas para comer durante a jornada. Elas podem ser comidas usando as mãos.

Vestimentas devem ser usadas para indicar sua posição social, mas com modéstia. Ostentar é falta de educação. As roupas são feitas de algodão e seda. Os samurais usam o kimono e o obi (cinto). A kataginu é uma jaqueta usada sobre o kimono. Bushi usam hakama. As roupas usadas na corte são coloridas e muitas vezes indicam a que clã pertence o samurai. Samurais, exceto ronins, usam mons – símbolos dos clãs, famílias e escolas.

Camponeses usam vestimentas mais simples e funcionais, exceto durante festivais – em que tentam vestir sua melhor roupa. O kimono de uma camponesa é bem mais simples e curto do que o dos samurais. Os homens usam calças até o joelho ou um pouco abaixo dele e uma camisa de algodão chamada haori.

Monges usam robes simples de algodão e raramente carregam algo a mais que um bastão de andarilho.

Os Três Pecados são o Medo, o Desejo e o Arrependimento. Aqueles três pecados originais que criaram o universo. Sucumbir a esses pecados é impróprio e desonroso.

Fazendeiros e artesão vivem em pequenas vilas ou em cidades, em uma residência familiar. Normalmente uma cabana de madeira de cedro e paredes internas de papel, com apenas dois quartos – uma sala de estar e um quarto de dormir. Camponeses e artesãos mais prósperos moram em casas maiores.

As casas dos samurais e de artesãos e comerciantes ricos são maiores e mais agradáveis, com vários quartos e um jardim. Uma parte da residência é usada para negócios e receber visitas, outra para hóspedes e uma terceira, mais privada, onde fica a cozinha e os quartos da família do samurai. Serviçais vivem em uma casa menor próxima a do seu mestre.

Lordes e governadores vivem em castelos, de dois tipos: Kyuden e Shiro. Kyuden são as fortalezas e palácios mais elaborados, capazes de sediar uma Corte Imperial de Inverno. São construídos com pedra e madeira resistente e equipados para acomodar um grande número de residentes e visitantes.

Shiro é um castelo menor, com mais ênfase na função protetiva do que na beleza.

Monges vivem em monastérios localizados em lugares remotos ou em templos religiosos nas cidades e vilas maiores. Os maiores templos são chamados de Shinden.

As estradas pertencem ao Imperador e são mantidas e patrulhadas pelos clãs. Samurais, artesãos e comerciantes viajam à cavalo ou à carroça, ou mais comumente, à pé. Viajar é uma atividade controlada e a maioria dos samurais precisa de permissão de seu daimyo para viajar. Todos os viajantes precisam portar papéis de viagem, fornecidos pelo daimyo ou magistrado local, que indicam seu destino e negócio. Viajar sem documentos é um crime.

As estradas principais têm hospedarias no caminho, em que os viajantes podem parar durante a noite.

Samurais viajantes devem prestar homenagem ao lorde da terra ou ao governador quando chegam a uma vila ou cidade. Não o fazer é uma quebra de etiqueta.