Nevasca em Itori

O dia traz um vento com tempo ruim e nuvens negras. As ruas de Toshi no Itori ficam ainda mais desertas enquanto samurais e camponeses se escondem do frio.

Kitsu Aizu resolve passear pelo frio jardim de inverno do Castelo de Itori. Ele não é visto quando a filha do daimyo e sua serviçal entram no jardim. As duas se dirigem para o gazebo na beira do pequeno lago. Kitsu vê quando Asako Aimi lança um papel, que parece ser um papel de carta com um laço vermelho, no lago. Pela postura, Asako Aimi parece triste. Ele continua observando, enquanto as duas se afastam, para ver se é alguma mensagem deixada para alguém. Mas ninguém aparece e o papel afunda no lago.

Ao anoitecer começa a cair uma leve neve. Os três samurais resolvem investigar o Armazém na beira do Rio do Pequeno Comércio. Kakita Sinichi espera na Taverna do Peixe Bêbado por Kitsu Aizu. Metade das mesas da taverna estão cheias de pescadores e trabalhadores do porto esperando o longo inverno passar. Os dois samurais, vestidos como ronins, são observados com uma mistura de desconfiança e indiferença.

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Akodo Daisuke dá uma segunda olhada no terreno em volta do Armazém. Ele identifica uma luz saindo por uma fresta na cortina de pano na pequena janela no alto do portão de entrada do Armazém. Ele observa o Armazém, mas não vê ninguém entrar ou sair. Satisfeito, ele se dirige até a taverna do Peixe Bêbado e encontra os outros dois. Após conversarem sobre que tática usar, eles voltam para o Armazém. A neve aumentou de intensidade, o que ajuda os três samurais não serem vistos.

Perto do Armazém, Kitsu tenta invocar um kami da terra, sem sucesso. O frio e a neve parecem afastar o espírito. Ele então revolve convocar o kami da água no Rio do Pequeno Comércio, em frente ao Armazém. Esse responde às duas perguntas feitas pelo shugenja do Leão, mostrando duas pessoas entrando no Armazém durante o dia e mais uma à noite. E que apenas a terceira figura saiu do local. Kitsu só consegue perceber que ela usava um traje de cor azul, parecia portar uma wakizashi e carregava um fardo enrolado em lona.

Enquanto isso, Akodo e Kakita bloqueiam a saída principal, com um carrinho de carga, barris e pedaços de madeira. A ideia é impedir que quem estiver dentro do armazém fuja pela entrada principal quando eles invadirem pelos fundos.

Depois, os três se dirigem para os fundos do Armazém, onde Akodo já havia encontrado uma porta menor. O bushi do Leão força a porta, quebrando sua fechadura no terceiro encontrão. Infelizmente, ele fez um pouco de barulho na primeira tentativa.

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Lá dentro, o Armazém está escuro, apenas a pequena luz no mezanino no topo da entrada principal, do outro lado. Uma escada no outro lado leva a esse andar superior. Kitsu cria uma ilusão de si próprio logo na entrada, para cobrir o movimento de Akodo e Kakita, enquanto esses invadem o armazém e correm para se proteger atrás das caixas e fardos empilhados.

Uma flecha, disparada do mezanino, corta a escuridão e quase atinge Akodo Daisuke. Ele e Kakita avançam, usando as caixas para se protegerem. Outro disparo de flecha atinge a ilusão conjurada por Kitsu.

Kakita se aproxima da escada e é atacado por um dos assassinos. Ele esquiva do primeiro golpe do atacante, mas é ferido levemente pelo segundo ataque. Entretanto, com dois golpes precisos, o Garça mata seu adversário.

Akodo corre, se protegendo entre as caixas, e sobe a escada rapidamente. Encontra uma mulher que atirava flechas. Ela se vira, sacando sua espada curta, mas é alcançada pelo golpe da katana de Akodo que a fere gravemente. Ela ainda tenta se jogar, mas é segura pelo Leão. Ele e Kitsu amarram a assassina.

O grupo explora o armazém. Várias das caixas no Armazém possuem o símbolo de uma das casas comerciantes da Família Yasuki, o que lembra Kitsu que eles encontraram esse mesmo símbolo na vila pirata de Shutai. Encontram um alçapão, que leva a uma sala subterrânea, com paredes úmidas de madeira. Lá dentro, fardos de ópio e outras mercadorias contrabandeadas. Kitsu descobre uma porta secreta que leva a um túnel escuro.

Kakita Shinichi volta até o Castelo para chamar Mirumoto Daichi, o capitão da Guarda. Eles retornam, junto com cinco ashigaru de confiança do Dragão. Após isolar a área, eles entram no túnel. Esse é estreito e curto, avançando uns trinta metros até sair embaixo do cais do porto do Pequeno Comércio.

Deixando quatro guardas protegendo o Armazém, eles retornam ao Castelo junto com Mirumoto Daichi, levando a prisioneira. No caminho,  ao passarem pelo Quarteirão dos Templos, Kitsu percebe que estão sendo observados do telhado do Templo das Mil Fortunas.

Os três contam da tentativa frustada de ataque que a filha do daimyo sofreu durante o Teatro de Marionetes, feita pelo homem morto e pela mulher capturada no Armazém.

Reunião com o Escorpião

No dia seguinte logo cedo, são chamados pela serviçal Yuu para visitar o daimyo Asako Hiroshi em sua sala de meditação em meio aos bonsais. Eles contam o que descobriram. O daimyo comenta que o Armazém pertence a uma casa de comércio situada na Cidade das Mentiras. Ele pergunta se Kakita teria contatos lá, já que sua mãe é uma Shosuro da região.

O daimyo também comenta que os samurais deverão escoltar sua filha para o casamento com o daimyo de Ginasutra, na primavera.

À tarde, são convocados como testemunhas para a reunião entre o daimyo e o embaixador Bayushi Shigeru. Graças ao testemunho dos samurais, especialmente de Kitsu que chegou a ver as as mercadorias roubadas em Shutai e que defenderam a vila de Yamagushi de um ataque pirata – eles conseguem colocar o emissário Bayushi em uma posição delicada.

Entretanto, o daimyo e o samurais são surpreendidos, quando o emissário diz que irá enviar uma patrulha para examinar a vila de Shutai assim que o inverno terminar e convida os samurais para servirem de testemunhas.

Após a reunião, o daimyo pede que eles continuem na sala e os leva até o salão em que cuida de sua coleção de bonsais. Ele se mostra preocupado e diz que seria melhor enviar uma dezena de soldados juntos com os samurais. Mas Akodo sugere que isso poderia ser considerado uma ofensa pelos Escorpiões, já que implicaria que o daimyo não confiaria neles. Eles resolvem que irão levar apenas um homem de confiança que poderá servir como mensageiro.


Alguns dias depois, recebem uma mensagem enviada por Doji Hiroaki. O poeta convida Kakita Kaji e Kitsu Aizu para uma cerimônia de chá. Kitsu resolve não ir na hora e esperar para ir depois com Kaji.

Akodo, no entanto, fica curioso e resolve ir na casa do cortesão da Garça. Ele é recebido por Doji que parece bem ansioso. Doji comenta que recebeu um convite do daimyo para mostrar suas poesias na Corte Imperial, junto ao filho do daimyo. Ele, no entanto, ouviu boatos – a fonte é Daidoji Hayato – de que Asako Aimi iria se casar com um escorpião. Akodo diz que ele deveria se sentir honrado em receber um convite para a Corte Imperial.


Para atender ao pedido do daimyo, Kakita Shinichi marca um novo encontro com Shosuro Azumi na Taverna do Peixe Bêbado. Ele pode que ela o coloque em contato com Shosuro Rei, sua mãe. Ela diz que pode fazer isso, em troca de um favor. Azumi quer saber com qual família o daimyo pretende casar sua filha. Kakita confirma pelo silêncio que é com os Shosuro da província de Ginasutra. Azumi diz que irá providenciar o encontro.

No próximo Capítulo: O Fim do Inverno e o Retorno à Shutai

3 comentários sobre “Nevasca em Itori

  1. Flavio Enrique Lima Costa

    No ultimo paragrafo antes do encontro com o escorpião, vc cita um ataque que a filha do daimyo sofre um ataque no Teatro de Marionetes, mas li e nao achei esse ataque…. fiquei confuso… rsrsrs

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    1. No final da apresentação do grupo de teatro, Kakita Kaji seguiu o poeta Doji no jardim da propriedade e viu ele se encontrar com uma mulher. Depois ele percebeu dois vultos se aproximando e ao chamar a atenças deles evitou o que ele achou suspeito. A mulher que o poeta se encontrou era a filha do Daimyo, os jogadores chegaram a essa conclusão depois. E ela iria ser atacada, mas os assassinos desistiram (foram os mesmos que os jogadores capturaram no armazém no outro dia).

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      1. Flavio Enrique Lima Costa

        Humm… Eu imaginei que fosse a filha mesmo, mas nao imaginei que os 2 vultos que apareceram iriam atacar, a impressão era só que estavam espiaonando tb… obg.

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