Intriga no Teatro de Marionetes

Os quatro samurais se reúnem nos jardins da casa de Daidoji Hayato. O poeta Doji  Hiroaki explica para eles sobre o estilo de peça bunraku, o teatro de marionetes. Ele comenta que é um estilo mais apreciado pelos camponeses do que pelos samurais, mas que ele está feliz pela oportunidade de ver uma peça de um grupo famoso de teatro bunraku. E que Daidoji Hayato é realmente um samurai muito generoso, ao oferecer tantos entretenimentos durante o inverno.

Os personagens

Teatro de Marionetes

Doji Hiroaki confirma a suposição dos samurais de que Hayato é um homem rico. Segundo Doji, ele tem uma dúzia de aldeias na região próxima à floresta de Shinomem Mori. Isso o torna o segundo maior proprietário de terras da província, atrás apenas do próprio daimyo.

Grande parte dos samurais da cidade e dos visitantes vieram assistir a peça de teatro bunraku. Desde os Escorpiões do clã Shosuro e Bayushi, os emissários do Unicórnio e o embaixador do clã da Lebre, o Conselheiro Imperial Otomo Omaru, o herdeiro do daimyo e sua esposa e a filha do daimyo, Asako Aimi. Kakita Shinichi também vê Shosuro Azumi, a cortesã da Cidade das Mentiras que ele encontrou no caminho para Ginasutra e reencontrou na cidade.

Teatro de Fantoches

A peça tem duas partes. Durante o intervalo, Daidoji Hayato se aproxima e conversa com os samurais. Ele agradece por eles o terem salvo durante a caçada ao javali. Durante a conversa, Kaji e Kitsu vêm quando o poeta se afasta deles e se dirige até a filha do daimyo. Kaji o segue à distância e vê quando ele entrega uma carta à Asako Aimi. Ele comenta isso com Kitsu.

O escorpião que estava no Crisântemo Vermelho, também se aproxima, após conversar com o embaixador Shosuro. Ele se apresenta como Shosuro Osako e comenta sobre a saúde de Kakita Shinichi, ameaçando-o discretamente.

Daisuke, que desde o início estava prestando atenção na trupe de artistas observa que apenas oito fazem o agradecimento ao final do espetáculo e vão embora. Ele busca identificar os dois estranhos que seguiu até ali, mas não os vê entre os samurais na festa.


Quando os samurais começam a ir embora, Kitsu Aizu percebe quando o poeta Doji Hiroaki se dirige para o lago no fundo do jardim. Ele avisa a Kakita Kaji, que resolve seguir o poeta.

No jardim, iluminado apenas pela parca luz da noite invernal, Kakita Kaji vê a silhueta do poeta atravessar uma das pontes sobre o lago e parar sob um gazebo em uma das pequenas ilhas no meio do lago.

garden winter 2

Logo outra forma se movimenta, vindo de outra ponte. Kaji vê que é o vulto de uma mulher, mas não consegue identificá-la. Ela e o poeta conversam sob o gazebo. Em um certo momento, as vozes dos dois parecem se intensificar, como se estivessem discutindo, mas o vento e a distância impedem que Kaji entenda o que falam.

Entretanto, o samurai da Garça consegue perceber dois vultos se aproximando pelo outro lado do jardim, cada um deles vindo por uma das pequenas pontes sobre o lago congelado. Ao longe parece que os dois estão caminhando calmamente, mas sem chamar atenção. No entanto, é inegável que os dois se dirigem para o gazebo onde o poeta e a mulher continuam a conversar, sem vê-los.

Kaji lança uma pedra no lago, que quebra a fina camada de gelo, fazendo um barulho que chama a atenção de Doji. Kakita Kaji também observa que um dos vultos mais próximos se agachou para não ser visto. Portando apenas uma tantô, ele resolve gritar o nome de Doji, como se estivesse procurando-o. Isso parece ser o suficiente para assustar os dois estranhos. O que estava na ponte mais distante se afasta, caminhando discretamente. O outro que havia se agachado se movimenta até a outra ponte. Kaji corre atrás dele, mas o estranho é mais rápido e some entre as árvores do outro lado do jardim.

A mulher que estava conversando com o poeta também aproveita a confusão para voltar em direção a festa, enquanto Doji Hiroaki se dirige para Kakita e comenta como se estivesse apenas observando o lago. Kaji finge que não viu a mulher ou escutou a discussão e os dois voltam para a festa. Ele não encontra os outros três samurais que já saíram. Propõe beber um chá, o que o poeta aceita e os dois vão para a Casa de Chá das Sete Fortunas.


Os outros samurais, que saíram um pouco antes, vão para a estalagem de Osano-wo, e lá discutem a possibilidade de que Daidoji Hayato poderia ter interesse em prejudicar o daimyo e talvez esteja envolvido com tudo que está acontecendo, já que foi ele quem contratou as trupes de artistas.


No dia seguinte, o hatamoto Asako Kuniaki os informa de que o daimyo solicita sua presença em um jantar dali a um dia com a presença do embaixador Bayushi para que eles deem seu testemunho sobre os piratas do Rio de Ouro.

Segundo o hatamoto, o daimyo vem discutindo com os emissários Bayushi sobre a vila de Shutai, para que possam tomar uma medida contra os piratas antes que esses se recuperem da derrota que sofreram na vila de Yamagushi.

Após o hatamoto sair, o grupo discutem se haveria um motivo oculto por trás da reunião, como uma tentativa dos Bayushi de prejudicar o daimyo, desacreditando o testemunho dos samurais e fazendo com que o daimyo, por tabela, perca face.

Eles resolvem investigar o armazém no Rio do Pequeno Comércio.

 

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