Toshi no Itori

Toshi no Itori

Toshi no Itori cresceu nos últimos 40 anos a partir de uma pequena vila de pescadores. Situada na confluência de um dos braços do Pequeno Rio do Comércio com o Rio do Ouro, ela fica em uma posição estratégica na rota fluvial entre o norte e o sul de Rokugan.

A outra margem do rio é cheia de bancos de areia por várias milhas. Mas na margem leste, uma curva do rio criou um ótimo lugar para um porto. Além de ficar na convergência da rota para Zakyo Toshi, um importante entreposto comercial.

As ruínas de um castelo construído pelos antigos senhores Escorpião da Província ainda existiam no topo da colina, quando o Magistrado Asako Hiroshi fez a pequena vila de base de operações em sua campanha contra os piratas fluviais. Desde então, a cidade cresceu. Prosperando sob o governo do Daymio, de sua esposa e do filho deste.

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A ZONA MURADA

O Castelo

É a sede de poder do governador Asako Hiroshi. Situado no topo de uma pequena colina, Shiro Itori fica na área mais alta da região.

O castelo foi reconstruído com a ajuda de um samurai da Família de Engenheiros Kaiu e conta com 5 andares de altura. De seu topo, pode-se vigiar o Rio do Ouro e a planície dos dois lados do rio.

Do outro lado da muralha externa a inclinação da colina é mais ingrime, facilitando a defesa por aquele lado. Do lado voltado para o Quarteirão Samurai e o Quarteirão do Templo, a subida é mais suave, mas uma segunda muralha separa o castelo destes bairros.

Para entrar no castelo é preciso atravessar um portão duplo. A última linha de defesa de qualquer inimigo que conseguir cruzar a muralha da cidade, os dois portões estão situados em um ângulo de 90 graus, de forma a confundir e criar uma armadilha para os invasores que ficariam presos no pátio interno entre eles.

Dentro do castelo existe um jardim, um pequeno lago e os estábulos dos cavalos e alojamentos da guarnição de Ashigarus.

Quarteirão Samurai

O Quarteirão Samurai fica dentro das muralhas da cidade. O Quarteirão fica em uma pequena colina, que sobe em direção ao ponto onde se situa o Castelo. É uma área protegida das inundações do Rio do Ouro, mesmo das piores delas.

A Rua dos Telhados Azuis é a rua em que moram os samurais mais prósperos de Toshi no Itori, incluindo os mais influentes membros da corte e parentes do Daimyo. Seu nome veio do quando um samurai do clã Garça pintou o telhado de azul, seguindo uma moda da capital, e acabou imitado por outros samurais. A única casa na rua de telhado diferente pertence a um samurai do Clã Leão.

Quarteirão do Templo

O Quarteirão do Templo também fica na área interna das muralhas, embora dois dos principais templos de Toshi no Itori fiquem, curiosamente, do lado de fora.

Existem templos e santuários para várias Fortunas. O Santuário de Inari, a Fortuna do Arroz e do Grão, é o maior do quarteirão, embora seja apenas o segundo maior da cidade – perde para o templo da Fortuna dos Pescadores, o que gera uma pequena rivalidade entre camponeses e pescadores. Ele é o motivo pelo qual os fazendeiros entram no bairro amuralhado, especialmente nos dias de festivais.

Já o Templo do Sol é uma construção rica e opulenta, que se destaca dos outros templos menores e está sempre cheio de presentes dos camponeses. Além disso, existem grandes santuários para Kenro-ji-jin, a Fortuna do Solo, Kaze-no-Kami, a Fortuna do Vento e Kuroshin, a Fortuna da Agricultura.

O Templo para as Sete Fortunas é outro templo importante, mantido pela ordem de monges de mesmo nome.

O DISTRITO DO RIO DO OURO

O Bairro dos Mercadores

O Bairro dos Mercadores fica entre a muralha e o porto. É a zona mais movimentada de Toshi no Itori. Fora das muralhas, é também a área mais patrulhada da cidade. Grupos de doshin vigiam as ruas do bairro mesmo durante a noite. Apesar disso, dinheiro atrai confusão, e gangues criminosas existem na área. A situação, no entanto, está longe de ser tão ruim como em Zayko Toshi ou Owari Toshi.

Ele começa logo depois do portão virado para o Rio do Ouro, chamado de Portão das Boas Fortunas. Os estabelecimentos da rua principal, o Caminho do Ouro, são os mais chiques ou os maiores, pertencentes aos comerciantes mais prósperos da cidade. Eles vendem produtos que interessam aos samurais, como armas, incluindo o polimento de espadas feitas com aço Kaiu, selas, roupas finas vindas da capital ou das terras da Garça, livros e papéis de boa qualidade.

Pouco depois do portão, em uma grande praça chamada de Praça do Mercado fica o mercado aberto, com dezenas de barracas vendendo de tudo que os camponeses da região e pequenos artesãos produzem. Essa é uma praça sempre movimentada, cheia de gente comprando, vendendo ou apenas olhando as mercadorias. Isso atraí desde pedintes até pequenos ladrões que se aproveitam de qualquer distração para furtar. A feira também é frequentada por camponeses vindos dos vilarejos vizinhos e até mesmo do outro lado do rio.

Nas transversais da Rua do Ouro estão lojas menores. Especializadas em mercadorias que não atraem diretamente a visita de samurais – utensílios e roupas importadas de outras províncias e que chegam via o Rio do Ouro. A compra desses materiais é normalmente feita pelos serviçais dos samurais ou por outros heimin.

Hospedaria do Portão Dourado: colada no muro de entrada da cidade, em frente ao Portão das Boas Fortunas, fica a melhor hospedaria da região. A maior parte de seus hóspedes são samurais ou ricos mercadores, pois o custo da hospedagem é alto. O ambiente é formal e respeitoso, com vários serviçais prontos a servir o melhor possível aos viajantes.

Hospedaria das Flores de Osano-Wo: em uma rua mais tranquila, mais afastasda da confusão e barulho da Praça do Mercado, a pequena hospedaria é dirigida pela própietária, Aiko, uma senhora simpática.

Pousada do Peixe Feliz: um estabelecimento perto do porto, voltado para hospedar mercadores e viajantes não-samurais, embora um ou outro samurai pobre de vez em quando se hospede no Peixe Feliz – torcendo para não ser visto por outros de sua classe.

Rua da Noite Luminosa

As casas de Gueisha, de apostas, teatros e os bares de sakê mais famosos da cidade se situam próximos à muralha, em uma rua estreita e sinuosa, chamada de Rua da Noite Luminosa (Akariu Yoru no Tori) e nas transversais desta.

Este é um local bastante frequentado pelos samurai, para relaxar e se divertir. Talvez por isso, o portão da cidade voltado para o Bairro dos Mercadores seja o último a fechar e o primeiro a abrir.

Do lado direito do portão ficam os estabelecimentos mais renomados, que atendem a uma clientela mais seleta, como os teatros e casas de chá. Do lado esquerdo, em direção ao Pequeno Rio do Comércio, ficam as casas de Geisha e os estabelecimentos mais populares, que atendem indiscriminadamente aos samurais mais pobres e aos heimin.

Teatro Kabuki: peças de teatro populares são apresentadas todas as noites. Tanto samurais, quanto heimins, adoram as peças e fazem fila para reverenciar e oferecer presentes aos atores principais após os espetáculos. O teatro costuma contratar grupos ou atores que já se apresentaram em Ryoko Owari ou até mesmo na capital. Os samurais sentam na frente, mais próximos do palco. Já os heimin sentam nas laterais ou então no fundo, local em que o ingresso é mais barato, mas a visão é prejudicada por algumas colunas.

As Sete Fortunas: a melhor casa de chá da região fica próxima à Rua do Ouro e ao Teatro Kabuki. Mesmo os samurais de cidade gostam de parar para tomar um chá aqui. Seu proprietário é um velho mercador nascido no sul, nas terras do Caranguejo, chamado Ogamo. Ele possuí contatos com todos os mercadores e capitães de navio que sobem o Rio a partir das províncias montanhosas do Caranguejo. Com isso, consegue os melhores chás. Os mesmos que são vendidos em Ryoko Owari Toshi. Samurais costumam beber chá no amplo salão de Ogamo ou então enviar serviçais para comprar chá para servirem em suas casas.

O Crisântemo Vermelho: uma das maiores Casas de Geisha da cidade. Não é a mais chique, nem a pior. Tem dois andares e um animado salão em que samurais e mercadores prósperos podem conversar e relaxar enquanto conversam e são entretidos pelas geishas.

Quarteirão do Porto

O porto principal da cidade fica na margem do Rio de Ouro. É grande o suficiente para atracar vários barcos ao mesmo tempo, inclusive os maiores navios de transporte que navegam pelo grande rio levando arroz ou minério.

Os armazéns do porto pertencem aos comerciantes. Alguns deles ligados a Família Yasuki do Clã Caranguejo e aos mercadores do pequeno Clã Mantis.

Taverna do Peixe Bêbado: um poste segurando uma placa no formato de um peixe, pendurada apenas por uma das duas correntes que antes a seguravam, marca o estabelecimento de sakê administrado por Okabe. Um ex-marujo que por vários anos viajou pelo rio antes de se casar com uma camponesa de Toshi no Itori e resolver se assentar na cidade. O bar é frequentado, principalmente, por marujos em busca de sakê barato.

Bairro dos Artesãos

Situado próximo ao Distrito dos Mercadores, as ruas do bairro dos Artesãos tem o nome das profissões – Rua dos Carpinteiros, Rua dos Ferreiros, etc.

Os habitantes do bairro costumam morar na parte de trás das casas, ou no segundo andar, quando mais prósperos, enquanto na frente – ou no térreo – ficam as lojas e mercadorias vendidas. Todo dia, pela manhã, os artesãos colocam suas mercadorias para venda nas portas de suas casas. Sua clientela é feita principalmente pelos heimin, mas não é incomum que samurais passem pelas ruas do bairro em direção a algumas lojas, como a de Tsi Okada.

A Espada Cantante: Na loja, o artesão samurai Tsi Okada, oriundo de uma pequena família fundada por um ronin que ganhou do Imperador o direito de criar seu próprio pequeno clã, vende armas fabricadas por ele mesmo. As katanas e naginatas fabricadas por Okada são famosas até em Ryoko e na capital.

O PEQUENO RIO DO COMÉRCIO

Pequeno Porto

O segundo porto da cidade fica nas margens do braço do Pequeno Rio do Comércio. Ele é menor e menos utilizado do que o Grande Porto. Seu tráfego é oriundo, especialmente, de Zakyo Toshi, a cidade dos mercadores que fica rio acima.

O porto é controlado por uma das gangues de Zakyo Toshi, os Canários Silenciosos. Eles se mantém discretos, para evitar atrair a atenção do Daimyo e seus homens, mas cobram uma taxa pela proteção dos comerciantes que usam o Pequeno Porto.

Santuário de Haruhiko

O oratório em homenagem à Fortuna dos Pescadores é o maior e mais importante de Toshi no Itori. Situado na confluência entre o Rio do Ouro e o Rio do Pequeno Comércio, ele fica no topo de um morro alto que pode ser visto à longa distância.

O morro é obviamente artificial. Dizem as lendas que ele foi construído sobre o corpo de um grande peixe pescado por um pescador afortunado. De qualquer forma, é um local considerado de sorte não apenas por pescadores, mas por todos que dependem do rio, como os fazendeiros e comerciantes.

DO OUTRO LADO DA PONTE

Bairro dos Pescadores

A antiga comunidade de pescadores de Itori, que antes vivia na outra margem do Pequeno Rio de Comércio, onde hoje fica o Pequeno Porto e a cidade murada, agora se concentra no outro lado do rio.

Uma ponte faz a ligação entre os dois lados do Pequeno Rio do Comércio. Poucos samurais atravessam-na para visitar o bairro, mas outros heimin, incluindo os serviçais das casas samurais, estão sempre utilizando a ponte em busca de peixe fresco.

Embora não tão pantanosa quanto a região dos Eta, a área em que o Bairro dos Pescadores se situa não é boa para plantio. Apesar disso, os habitantes do bairro também criam galinhas e outros pequenos animais.

A principal atividade do bairro, obviamente, é mesmo a pesca. Os barcos dos percadores saem antes do sol raiar para pescar no Rio do Ouro e nos demais tributários dele. Quando voltam, seus produtos são vendidos no cais na beira do rio.

Existe uma pequena rivalidade entre os pescadores e os fazendeiros sobre quem é o grupo mais importante dos heimin. A disputa é mais visível durante os festivais em que cada uma das duas comunidades se esforça para fazer uma festa mais bonita e divertida e agradar mais às Fortunas.

A Vila dos Eta

A grande comunidade hinin foi expulsa para uma ilha pantanosa na confluência entre os dois rios. É uma área sujeita a inundações e um terreno lamacento que não presta para plantio. A ilha tem má fama entre o resto dos habitantes da cidade, que nunca pensariam em pisar nela, e que evitam chegar até mesmo na margem contrária.

Também é a área mais sujeita à doenças. As ruas e casas dos etas estão sempre úmidas, resultando em um ambiente insalubre, por mais que seus habitantes se esforcem em manter a área limpa e tentem construir diques para protegê-los das inundações menores. A maioria das casas é construída sobre palafitas, para proteger um pouco da época de cheias do rio.

O bairro Eta divide-se em duas grandes zonas. Coletores de lixo, limpadores de fossas, cuidadores dos corpos e outros que prestam serviços mais simples, moram no leste da ilha pantanosa. As casas são amontoadas, sem que se possa discernir ruas ou caminhos largos, formando um pequeno labirinto.

Os que trabalham com produtos animais, como os muitos trabalhadores com couro e duas famílias de açougueiros, que prestam um serviço mais especializado e necessário, moram na parte oeste, mais próximos do Rio do Ouro. Dessa forma, o sangue que derramam no rio não atinge a cidade. Eles costumam levar suas mercadorias para comerciantes no porto. Suas residências são maiores e melhores também.

Além deles, em um canto separado da ilha mora o torturador local, Oza, com sua mulher. Ele tem a melhor casa do bairro. Os outros hinin, exceto o seu assistente Saguro, evitam a companhia de Oza, que é temido por praticar atos de violência quando irritado ou bêbado.

Os eta costumam fazer a travessia para o outro lado da cidade de barco, evitando usar a ponte do bairro dos pescadores. Os pequenos barcos que transportam os etas são manobrados por outros etas e também nunca são utilizados por outros habitantes de Toshi no Itori.

Os eta também tem o cuidado de entrar na parte murada da apenas pelo portão do Pequeno Rio. Dessa forma, eles se mantêm afastados do Santuário da Fortuna dos Pescadores e diminuem as chances de cruzar com um samurai que ache que eles estão maculando o local sagrado. Mais de um eta já morreu por causa desse azar.

Cais dos Eta: o cais é o local em que os pequenos barcos dos eta atravessam o rio pela manhã cedo e ao cair da noite. Durante a travessia, eles tem de tomar cuidado com os barcos de trasporte vindos de Zakyo Toshi. Mais de uma vez, um choque entre um barca de transporte e um bote eta resultou em afogamentos.

Pântano dos Sussurros

Entre os Etas conta-se a história de um jovem casal que fugiu de um samurai e tentou escapar pelo pântano. Eles morreram afogados. Essa é uma área da ilha dos eta que nem mesmo eles constroem ou chegam perto. Fica bem atrás da casa do torturador, o que contribuí ainda mais para a aura sombria da região. Mesmo os pescadores evitam se aproximar da costa nesse ponto.

ZONA DISTANTE

Distrito dos Fazendeiros

Situado entre os arrozais na planície do Trovão e os muros do Quarteirão dos Samurais, o distrito dos fazendeiros é o maior bairro da cidade. É também o mais calmo. De certa forma, ele se parece com uma grande vila, como as que existem do outro lado do rio, mas com muito mais habitantes.

A segurança da cidade murada atraiu muitas famílias de fazendeiros durante os anos seguintes à campanha contra os piratas. Tanto que hoje em dia, muitos dos residentes plantam em campos distantes até duas milhas da cidade. Apesar da distância, eles consideram que o fato de morar à vista dos muros de Shiro Itori vale a caminhada diária.

Além dos fazendeiros, muitos doshin e ashigaru moram no bairro – já que a maior parte deles é recrutado entre filhos de fazendeiros.

Não há grandes construções no bairro, apenas uma sucessão de casas simples das famílias de agricultores. Entretanto, as casas perto da muralha, local em que residem alguns dos fazendeiros mais prósperos, são maiores e melhores do que as outras.

Além disso, perto do rio ficam alguns galpões em que funcionam destilarias de sakê. O sakê de Toshi no Itori não é o melhor da região – esse seria o sakê produzido na Província da família Shosuro, rio acima – mas ainda assim tem uma boa vendagem.

A Praça dos Festivais: um elemento que se destaca no distrito é a grande praça de terra onde são comemorados os festivais. Durante as várias festividades rokugani relacionadas ao plantio, é aqui que barracas e artistas se concentram, atraindo camponeses das vilas vizinhas. Algumas hospedarias baratas existem em torno da praça. Seu público são os camponeses e artesãos que vêm vender suas mercadorias em Toshi no Itori.

O Pequeno Templo de Osano-Wo: embora Toshi no Otori não fique na principal rota de peregrinação para da Fortuna do Trovão, muitos peregrinos vindos do sul seguem a rota do Rio do Ouro. Boa parte deles prefere seguir caminho pela estrada até Osano-Wo ao invés de seguir de barco até Ginasutra. O pequeno Templo funciona como uma parada para meditação e descanso desses viajantes antes de reiniciarem a jornada. Os monges de Osano-Wo também costumam seguir pela estrada, o que ajuda a evitar ataques de bandidos e é muito bem visto pelos camponeses da região.