Duelo na Noite das Lanternas de Papel

O dia do Festival de Bon se inicia com um tempo agradável. A colheita já está quase concluída. A maior parte do arroz está nos armazéns. Os camponeses terminam os preparativos para a festa na aldeia de Yamagushi.

Preparativos para o combate

Akodo Daisuke avisa ao ancião da aldeia, o velho Haruto, que ele e um grupo de ashigaru chegaram para proteger a vila de um ataque pirata. O ancião fica alarmado. Enquanto isso,  Kakita Shinishi avisa o monge Ren, responsável pelo templo da Fortuna do Arroz e pede para utilizar o templo para manter dez de seus soldados escondidos até o ataque. Os samurais pedem que o ancião e o monge não avisem aos habitantes da aldeia sobre o ataque e deixem que os preparativos para o festival continuem, para que os piratas não suspeitem de nada.

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Akodo, Sinishi e Hida discutem os preparativos para  batalha. A vila fica a cerca de 500 metros do rio e próxima a um charco com algumas árvores altas. Eles imaginam que os atacantes devem vir pelo rio, mas que também podem usar a vegetação para atacar a vila ou chegar até o armazém.

Os defensores de Yamagushi Mura: 

Dividem os soldados em um grupo de 10 sob o comando de Shinichi, no templo, 5 sob o comando de Akodo, escondidos no campo entre o templo e o armazém e mais 5 no armazém para proteger o arroz e evitar que a vila seja atacada pela estrada.

Também examinam o terreno e preparam algumas armadilhas na direção do pântano que façam soar um alarme se alguém tropeçar nelas.

Yamagushi MuraNo meio da tarde, o shugenja Kitsu Aizu chega à vila e se junta ao grupo. Eles ainda esperam o reforço do último destacamento de ashigarus, que Kitsu viu na estrada.

Sob o comando dos samurais, os ashigaru fazem uma trilha de palha que permita os soldados se deslocarem rapidamente em volta da aldeia, evitando o terreno alagadiço do arrozal.

Enquanto o sol se põe, os samurais se concentram para o combate. Então, Sinichi sobe para a torre no segundo andar do Templo da Fortuna do Arroz. Kitsu ocupa uma posição na beira do rio, perto do pequeno cais. Hida se esconde no armazém e Akodo, com alguns arqueiros ashigaru, toma posição no arrozal entre o armazém e o templo.

Duelo à luz das lanternas

Anoitece. As luzes na aldeia são acesas para o festival. O pequeno cais também está iluminado por algumas lanternas. Escondido em um pequeno monte de terra que protege o arrozal das cheias do rio, Kitsu Aizu vê dois barcos se aproximarem, descendo o rio, com luzes apagadas. Ele corre para avisar os outros.

O grupo de piratas desembarca e avança cautelosamente pela estrada entre o rio e a vila. Parecem não ter pressa.

Combate próximo ao templo da Fortuna do Arroz

Enquanto isso, os samurais que vigiam o lado voltado para o pântano escutam o barulho provocado por alguém ou algo derrubando uma das linhas e fazendo tocar os sinos.

Um segundo grupo de piratas avançava pelo pântano em direção à aldeia, com o intuito de chegar ao armazém e atacar a aldeia pelo outro lado. Percebendo que foram descobertos, os piratas gritam e iniciam o ataque.

Combate em Yamagushi Mura 01.JPGAkodo e seu grupo de soldados enfrentam o ataque dos piratas que avançavam por terra. Os ashigaru conseguem derrubar com flechas dois dos piratas. Quando eles se aproximam mais, o Leão manda que os soldados larguem os arcos e usem suas lanças.

Hida chega com o resto dos guardas e se junta a luta. O combate é furioso, embora os números estejam equilibrados. O samurai do Clã Leão se move com rapidez, sua katana rasgando o ar e derrubando vários piratas. O bushi do Caranguejo, por sua vez, é uma torre distribuindo bordoadas com seu tetsubo.

O grupo de reforço chega finalmente. Akodo manda que metade dos ashigaru se dirijam para reforçar a luta no outro lado da aldeia. O líder dos piratas, um ronin caolho, se lança contra Akodo e é morto por este. Ao verem seu comandante morrer, o resto dos piratas tenta fugir. A luta no meio do arrozal é brutal e apenas alguns piratas feridos são capturados.

Luta na estrada para o cais

O grupo na estrada para o cais escuta os gritos e avança rapidamente em direção à aldeia. Sinichi, que observava tudo do alto do templo, já havia liderado os seus soldados, saindo do templo pela trilha escondida no arrozal. Ele encontra Kitsu no meio do caminho. Mandando os soldados fazerem barulho, eles tentam atrair a atenção dos piratas e avançam pela trilha em direção aos barcos.

Os piratas são forçados a recuar pela estrada para defender seus barcos e se dividem. Metade avança pelo arrozal em direção ao samurai da Garça e seis dos ashigarus. O resto fica no terreno mais alto da estrada e alguns preparam seus arcos, disparando contra os defensores da vila.

Kitsu e outros quatro soldados continuam pela trilha, sem chamar atenção, até a estrada. Kitsu invoca o kami do vento para derrubar os piratas que estão ocupando o terreno mais alto na estrada. Enquanto o shugenja do Leão impede que os piratas se levantem, os ashigarus tomam posição e avançam com suas lanças, matando vários dos piratas.

Kakita derruba vários piratas que atacaram pelo arrozal, até enfrentar um ronin com sotaque das ilhas das especiarias que parece liderar o grupo vindo dos barcos. O golpe do ronin erra o samurai da Garça, que, por sua vez, atravessa o corpo do ronin com sua katana. Entretanto, outro pirata se lança desesperado contra kakita, que não tem condições de evitar o ataque e é atingido gravemente.

Nesse momento, os piratas percebem a chegada de reforços vindo da aldeia e que seus companheiros que ficaram na estrada estão sendo massacrados pelos ashigaru. A maioria dos piratas se rende. O arqueiro consegue fugir. Kitsu faz um tratamento mágico da ferida de Kakita, estancando o sangramento.

Comemoração

Após a batalha, os samurais recebem os agradecimentos dos assustados aldeões. Uma  jovem camponesa trata a ferida de Kakita. O Festival do Bon se torna uma comemoração da vitória. Hida relaxa bebendo a cerveja local e contando aos aldeões sobre seus feitos durante a batalha e como ele os protegeu.

No dia seguinte eles levam os prisioneiros de volta para Toshi no Itori. Akodo escolta os prisioneiros, usando os dois barcos dos piratas, enquanto os outros descansam ainda mais um dia e guardam a vila, antes de voltarem para o castelo do daimyo pela estrada para Itori.

Em Itori, eles são recebidos pelo Daimyo, por seu filho Asako Mitsuri e pelo conselheiro Asako Kuniaki. Descobrem que o Daimyo resolveu presentear os samurais com a propriedade da aldeia que eles defenderam dos piratas.

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