Terror no Pântano Amaldiçoado

Prólogo – O Pântano – Alguns dias antes.

Na noite do ataque pirata, Asako Haru estava em um dos barcos que levavam os Piratas de Shutai. A bordo dele também estava a jovem que os outros piratas chamavam de “Bruxa”. No barco, ele se esquiva das perguntas da feiticeira e conversa com os piratas. Eles parecem temer a mulher e que dizem que ela é amante do comandante dos piratas, o ronin Shogo

Ao contrário de seguir com o grupo que atacou pelo rio ou com o grupo que ia pela borda do Pântano, a jovem escolhe três dos piratas, entre eles Haru, para segui-lá. O pequeno grupo penetra no terreno pantanoso, guiados pela mulher. Desconfiado, Haru se lembra de que aquele pântano era considerado amaldiçoado por causa de alguma batalha que ocorreu lá séculos antes. Haru e os dois ronins estão cada vez mais assustados, enquanto seguem a mulher. 

Um dos ronins foge ao encontrar os restos de um dos samurais mortos na antiga batalha. A mulher, no entanto, sorri e, por um instante, seu olho parece brilhar com um tom de vermelho sobrenatural.  Ela some no meio do pântano e Haru e o outro ronin escutam ela começar a murmurar palavras que eles não entendem. Haru avança e saca sua katana contra a feiticeira, que recita cada vez mais alto o ritual. Ela está agora em meio a vários restos mortais de soldados que lutaram na antiga batalha. O samurai tenta matar a bruxa que parece concentrada no ritual e seu golpe a fere bruscamente.

Ela olha para Haru e lança uma maldição que faz com que ele veja um dos mortos segurar sua própria katana e atacá-lo. Ele recua assustado, largando sua espada e puxa a wakizashi para se defender. Desfere um golpe contra o morto-vivo, mas a wakizahia passa pela criatura. Haru vê sua espada no meio da lama e a recupera, mas aproveitando-se da distração do samurai, a bruxa fugiu pelo pântano.

Durante o restante da noite e parte do dia seguinte, ele segue a trilha de sangue no meio do pântano, chegando até uma pequena ilha no meio de uma área alagadiça e encontrando apenas as roupas sujas de sangue da bruxa.

Interlúdio no Castelo

Dois dias depois, quando Haru retorna à Toshi no Itori, ele encontra os outros samurais que haviam derrotado os piratas durante o Festival de Bon. Ele conta o que aconteceu e como a feiticeira aparentemente tentou invocar os mortos para atacar a vila. Eles enviam logo dez soldados de volta para a vila.

Akodo Daisuke sugere ao Daimyo Asako Hiroshi e ao Conselheiro Asako Kuniaki que eles podem usar a informação do ataque para pressionar o Clã Escorpião a agir contra os piratas de Shutai. O Conselheiro diz que irá convidar o daimyo da província Escorpião para a corte de Inverno.

Hida Katsuo contrata o Mestre Artesão Ogano para ajudar a montar as defesas da vila de Yamagushi. Ele também aproveita o passeio pelo Bairro dos Artesãos para comprar um livro de poesia sobre a natureza na loja do vendedor de livros Tano. O vendedor indica um livro de poesia ‘As Maravilhas de Shinomem Mori’, escrito por um samurai viajante um século antes, que trata da grande floresta que demarca a fronteira leste das terras do daimyo Asako Hiroshi.

Kitsu Aizu busca por livros que possam ajudá-lo a entender a ameaça da bruxa, mas não encontra nada na biblioteca do castelo. O Conselheiro Asako Kuniaki diz a Kitsu que Isawa Sano tem a maior biblioteca da cidade, mas Kitsu não tem tempo de procurar o shugenja do clã da Fênix antes de voltarem para a vila.

Kakita Shinichi fica em Shiro Itori para servir como mensageiro com o daimyo e se recuperar das feridas que levou durante o combate com os piratas, ao defender o cais.

De volta a Yamagushi Mura

Na vila, os samurais ocupam temporariamente o Templo da Fortuna do Arroz, após pedirem permissão ao monge Ren. Colocam os soldados da guarnição para dormirem no celeiro, até que possam construir uma casa adequada.

Os dois samurais do Leão decidem que a melhor forma de providenciar uma defesa é construir torres em volta da aldeia. Resolvem construir quatro torres e colocar portões nas entradas da aldeia. Hida acha que devem contruir um muro em volta da aldeia, como na muralha do Caranguejo.

No dia seguinte, o Mestre Artesão Ogano lidera os camponeses e começa a construir as torres e portões nos locais indicados pelos samurais do Leão – Katsu e Daisuke. Hida se junta aos trabalhadores para incentivá-los e fica observando como eles trabalham. Eles começam erguendo uma torre de vigia perto do cais.

É quando a primeira neve do inverno caí finalmente. Uma semana depois de iniciado o mês do Javali desde o duelo na noite do Festival de Bon.

A aldeia esquecida

Depois de uma semana do ataque pirata, eles descobrem que existe uma aldeia de Etas na borda do Pântano. Os etas servem à vila de Yamagushi, mas não podem morar perto dos arrozais para não poluí-los – de acordo com Haruto, o ancião da aldeia.

Akodo Daisuke e Asako Haru resolvem investigar, com receio de que a bruxa tenha se escondido lá. A pequena aldeia – pouco mais de 10 casas muito pequenas e pobres – fica escondida na borda do pântano. Ela parece deserta, mas ao bater na porta de uma das casas, um velho eta atende os samurais. Interrogado sobre se eles viram algo suspeito, o pequeno neto dele fala que sua irmã mais velha, Iori, sumiu oito dias antes, enquanto procurava comida no pântano. Esse foi justamente o dia do confronto com os piratas.

Vila dos Etas.JPGGuiados pelo garoto, eles entram ainda mais no pântano e chegam ao local onde sua irmã sumiu. O garoto diz que eles viram uma ave grande e estranha, empoleirada em uma árvore e que eles correram de volta para casa, mas só ouviu um grito de sua irmã e depois ela sumiu. Eles só encontram a cesta de vime para recolher frutas e Akodo acha um pedaço da roupa da jovem pendurado na árvore em que o garoto disse ter visto a estranha ave.

  • Haruto – ancião da aldeia
  • Ren – monge do Templo da Fortuna do Arroz
  • Ogano  – mestre artesão contratado para construir as defesas da vila
  • Iori – garota eta desaparecida

Eles resolvem chamar Kitsu Aizu e Hida. Quando retornam, Kitsu convoca um kami da água. Este responde às perguntas do shugenja e mostra o reflexo que a criatura fez na água. Um pássaro de feições monstruosas com cara de morcego. E, em outra imagem, o momento em que a criatura atacou a garota que fugia e a levou voando em direção ao norte – mais para o interior do pântano.

Preparativos para a Caçada

A tarde já esta acabando quando os quatro samurais retornam para o Templo de Haruhiko e conversam sobre o que fazer. Ir atrás da criatura imediatamente ou buscar mais informações em Itori. Eles discutem se a criatura era a própria mulher que Haru havia ferido no pântano ou se algum outro monstro invocado por ela. A coincidência da data do ataque, os faz acreditar que a criatura vista na árvore possa ser a feiticeira.

Hida se lembra do que aprendeu sobre as Terras Sombrias na Muralha Kaiu. E de um oni capaz de mudar de forma, assumindo a aparência humana e iludir todos os outros em sua volta, chamado Pekkle no Oni, o Enganador. Um espírito maligno e ardiloso, capaz de assumir a forma de uma criança ou jovem. O receio dos samurais é que a criatura continue a atacar a vila. Haru tem certeza de que feriu gravemente a bruxa quando a atacou na semana anterior. Akodo sugere que existe uma chance de que ela ainda esteja enfraquecida e que eles tenham uma chance de achá-la e matá-la.

A busca pela BruxaEles discutem como ferir a criatura, se ela for mesmo um oni. Hida e Aizu lembram que apenas jade é capaz de ferir um oni. Akodo pergunta ao monge se no Templo existe jade e ele retira de uma caixa sob a estátua em honra à Fortuna do Arroz duas pequenas peças de jade. O monge mostra como transformar o jade em pó e imbuir a katana de Akodo e o Tetsubo de Hida.

A Caçada

Assim que amanhece o dia, sob um vento frio de inverno, os quatro samurais entram no pântano. Guiados por Haru, eles seguem a trilha que os leva em direção à árvore isolada no meio do alagado em que Haru perdeu o rastro da bruxa. Após algumas horas de caminhada pelo pântano, eles se aproximam da árvore. Ao chegarem perto, Akodo e Haru não veem nada na ilha, mas Hida que vem logo atrás vê a o que parece ser a criança empoleirada nos galhos retorcidos da árvore morta. Antes que os samurais possam reagir, a criatura pula. Ela parece ter assumido a forma da criança, mas com garras negras nas mãos. Akodo e Haru se assustam com a aparição súbita da criatura, mas ainda assim a enfrentam.

Ela tenta atingir Akodo, mas erra. O Leão reage, sacando sua katana, se concentrando, apesar do medo, e desferindo um golpe certeiro e cortante. Hida também ataca a criatura-em-forma-de-criança e a acerta com seu tetsubo, abrindo uma ferida profunda no peito da criatura, da qual jorra um sangue negro. Infelizmente para ele, o efeito do pó de jade passou e e o golpe seguinte desferido pelo bushi caranguejo não fere o oni. Este tenta lançar um feitiço, mas é atingido por outro golpe da katana do Leão.

O oni consegue formular seu feitiço e, perto de Kitsu Aizu, e das águas pantanosas ergue-se o cádaver de um samurai morto, usando uma armadura do Caranguejo. Aizu consegue derrubar o morto-vivo, enquanto Haru se movimenta para proteger o shugenja. É a sorte de Haru, que se afasta do Oni, pois quando Akodo – com receio de que o efeito do pó de jade também passe – faz um ataque total contra o oni e, com uma finta, consegue cortar a criatura ao meio, ela explode em um estouro de sujeira e sangue que atinge o Leão e o Caranguejo. Com a criatura destruída, o espírito que animava o morto-vivo desaparece e ele afunda nas águas do pântano novamente.

Ninguém fala sobre o acontecido e sobre o sangue de oni que atingiu os dois bushis. Perto da árvore morta, eles encontram apenas a pele da feiticeira, como se o interior  do corpo tivesse desaparecido. Da criança capturada não resta nem sinal. Hida recolhe o mon do guerreiro caranguejo morto para que possa fazer uma cerimônia e purificar sua alma.

Em silêncio, eles voltam. Akodo fala aos etas que a criatura que matou a garota foi morta. Hida oferece algumas moedas para a familia da jovem eta morta. Já é perto do entardecer quando eles retornam à Yamagushi Mura.

No próximo capítulo: A Corte de Inverno

Um comentário sobre “Terror no Pântano Amaldiçoado

Deixe um comentário