Fantasmas do Rio do Ouro

As chuvas de Outono dão uma parada e o céu se abre novamente quando o trio de samurais e um garoto se aproximam da grande vila de Ginasutra, que poderia ser uma cidade pelo tamanho.

Asako Haru e Kitsu Aizu atravessam a ponte sobre o Rio do Ouro e, junto com Hida Katsuo e o jovem Yusuki Honan,  vão procurar por um barco que os leve até Toshi no Itori. Perguntando no cais, descobrem que um barco de mercadores das terras do Clã Unicórnio está carregando mercadoria e vai descer o rio. Eles vão até o barco e um dos marujos diz para procurar o patrão, o mercador Jocho, na taverna no cais.

Eles acertam com Jocho para levá-los até Itori. O mercador informa que irá partir ao amanhecer do dia seguinte, assim que acabar de carregar o barco. O mercador manda um de seus filhos limpar a cabine para os samurais.

Jocho indica uma hospedaria na rua principal para os samurais passarem a noite. Lá, enquanto estão jantando, vêm um trio de samurais da Família Shosuro procurando por um samurai do Clã da Garça. Um deles, Shosuro Eiji, pergunta se os quatro viram o samurai que eles buscam e diz que se eles encontrarem seu parente, Kakita Shinichi, digam a ele que estão a procura dele. Eles passam a noite na hospedaria e ao amanhecer do dia seguinte, embarcam e partem de Ginasutra, descendo o rio. Além de Jocho e seus dois  filhos, o barco tem mais dois marujos.

O primeiro dia de viagem é calmo. Passam por várias aldeias nas margens do rio, por alguns barcos de pescadores e por um grande bardo vindo das províncias do Clã Caranguejo. O garoto Yusuki Honan fala com os mercadores que são de uma família ligada a um dos ramos dos Yusuki e esses informam que ouviram relatos de ataques de piratas no rio, mais abaixo, próximo da vila de Shutai.

Shutai.jpg

Asako Haru conhece Shutai por nome. Era um antigo reduto de piratas, combatidos pelo Magistrado Asako Hiroshi durante sua campanha contra a pirataria no Rio do Ouro, trinta anos atrás. Eles ficam mais atentos. Avisam a Jocho e aos tripulantes para se prepararem para um eventual combate.

Perto do anoitecer cruzam com outro pequeno barco de pescadores. Asako repara que os pescadores – em número de seis – passam observando o barco e vê, por baixo das redes, o brilho de metal de espadas e um arco yumi desencordado. Os dois barcos passam próximos.

Avisado, Kitsu considera provável que os piratas os ataquem durante a noite. Eles devem ter visto Hida, mas Asako está vestido parecendo com um monge e o próprio Kitsu parece um cortesão. Além disso, Yusuki é um garoto e os mercadores aparentam não saber lutar. Se os piratas resolverem atacar vão utilizar a vantagem da noite.  Alertas, resolvem para para descansar antes de chegarem à altura da vila de Shutai, para que os piratas não chamem por reforços.

Param o barco na margem oposta, em uma pequena reentrância, e se preparam para um ataque. Asako fica meditando sobre a cabine do barco. Além dele, apenas um dos marujos permanece no barco. Kitsu, Hida, Yusuki, Jocho, seus dois filhos e o outro marujo se escondem na mata próximo ao rio e se revezam vigiando.

Por volta da metade da noite, Asako percebe o barco dos piratas se aproximando pelo rio. Devagar, com um pirata controlando a aproximação com o remo, um segundo com um arco e o terceiro na proa com uma katana. Isso deixa mais três piratas que provavelmente estão se aproximando pela mata próximo ao rio. De longe, Kitsu vê o barco, mas não consegue enxergar que tem somente três piratas lá.

Quando o barco pirata chega mais perto da barca dos mercadores, Asako dá um salto em direção a ele, caindo entre os dois piratas na frente. Ele golpeia com sua katana, decepando o pirata com espada e manda os outros se renderem. Surpreso, o segundo pirata tenta soltar o arco e pegar sua espada, mas a katana de Asako corta o arco ao meio. O arqueiro se rende, enquanto o último, que havia largado o remo, revolve pular na água e fugir.

Enquanto isso, o líder dos piratas e mais outros dois correm em direção ao barco. Hida e Kitsu partem para enfrentá-los. O líder dos piratas pula no barco e fica surpreso por não encontrar ninguém lá. Enquanto isso, Hida ataca os outros dois piratas, esmagando um deles com o golpe de seu tetsubo e quebrando as costelas do outro, que caí ao chão pedindo clemência.

Asako pula da canoa de volta para o barco e enfrenta o líder dos piratas, que agora se vê cercado. Ainda assim ele ataca, mas Asako é mais rápido e dá um golpe com sua katana que decepa o braço do pirata. Ele também caí ao chão gritando de dor. O último pirata, que tentou fugir nadando do bote, se rende após quase se afogar no rio.

Os quatro bandidos sobreviventes são amarrados, com Kitsu curando o líder dos piratas, que diz se chamar Ogyu. Antes do amanhecer eles partem e passam pela aldeia de Shutai pouco depois do nascer do sol. Asako vê no topo de uma paliçada que cerca a aldeia que o barco está sendo observado, mas eles passam por Shutai sem incidentes.

Ogyu diz que ira cooperar, contando o que sabe, em troca da oferta de Asako de interceder por ele perante o Daimyo. Ele diz que veio de Shutai e que foi recrutado meses atrás por um ronin nas terras da Família Louva-a-Deus.

Toshi no Itori

O resto do dia de viagem é tranquilo e antes de anoitecer eles chegam à Toshi no Itori, vendo o morro onde fica o castelo de Itori e a cidade que se desenvolveu em volta dele. Após atracarem, chamam os Ashigaru de patrulha e Asako se apresenta e manda eles escoltarem os prisioneiros até o castelo. Eles seguem logo atrás e passam pelo portão da cidade, entrando na área murada onde ficam as residências dos samurais, os templos e o castelo.

Atravessam os portões do castelo e são levados até o prédio principal, onde são recepcionados por Asako Kuniaki. Este manda uma serviçal levá-los até os aposentos de visitantes, em que podem tomar um banho e se preparar para jantar com o Daimyo.

Ao anoitecer, são recebidos por Asako Hiroshi e seus filhos, e falam sobre os velhos tempos quando o pai de Kitsu ajudou Hiroshi a lutar contra os piratas, e sobre o ataque recente dos piratas e a morte de Isawa Akinori, que era conhecido de Hiroshi. Esse demonstra preocupação com as notícias. Menciona que recentemente chegaram notícias de ataques de bandidos na região do rio, mas que ainda era desconhecido que eles estavam se organizando em Shutai. Ele agradece aos recém-chegados.

No dia seguinte, Asako Haru e Kitsu interrogam Ogyu e este confirma que a base dos piratas é o vilarejo de Shutai e que o grupo de piratas tem cerca de trinta membros. Eles foram, em sua maioria, recrutados por um homem chamado Kosuke e lá obedecem as ordens de outro ronin chamado Shogo. Os piratas são formados por ronins e por bandidos e já começaram a fazer alguns ataques no rio.

Eles se oferecem para investigar o vilarejo de Shutai e tentar descobrir mais informações sobre os piratas. O problema é que o vilarejo fica nas terras do Clã Escorpião e o Daimyo de Itori não tem autoridade sobre aquela região. O grupo resolve partir após descansar.

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